quinta-feira, 24 de abril de 2014

Os chineses vão invadir a sua praia. Preparado?

Esqueça as viagens de ônibus passando por 20 cidades em 10 dias. Os chineses atuais, ou pelo menos um terço deles, estão organizando melhor suas viagens, gastando mais e ficando mais tempo em cada lugar. 

Quase um em cada dez turistas internacionais em todo o mundo é agora chinês, com 50% de viagens à lazer. E não é só volume, pois os chineses movimentaram uma fortuna em 2013 (U$ 129 Bilhões), deixando os americanos bem para trás (U$ 86 Bilhões). Lembra que nos surpreendemos com os U$ 25,34 bilhões dos brasileiros ano passaram?


Isso se deve ao seu desejo de comprar. 80% deles entendem que compras são fundamentais em viagens, em comparação a 56% dos turistas do Oriente Médio e 48% dos Russos. E vão além, pois a quantia que os chineses devem gastar com produtos de luxo no exterior ultrapassa as compras de todos os outros países juntos.

E tudo isso está acontecendo com somente 5% dos chineses com passaporte. Imaginou o potencial?
Até 2020, a previsão é que as viagens dos chineses dobrem de tamanho.

Grandes destinos turísticos está de olho nessa demanda e tomando algumas atitudes. A primeira será facilitar a entrada. Em 2013, os chineses podiam entrar sem visto em 44 países, enquanto cidadãos de Taiwan em 130, e americanos e britânicos em 170.  Os Estados Unidos já está entrevistando chineses online e entregando vistos nas agências bancárias, acabando com a obrigação de passar por uma embaixada. A decisão com foi base em números: aumento de 22% de chineses nos EUA em 2013 e 45% nas Maldivas, que não exige visto e é adorada pelos noivos em lua de mel.

O próximo passo será adequar linguagem, produtos e serviços para o público chinês.  Como agradá-los?
* Produtos "vip", autênticos e "edição limitada"
* Menu com fotos
* Congee no café da manhã (um tipo de mingau chinês)
* Destinos com céu azul e ar limpo.

Quase metade da população chinesa está online e pretendendo viajar com seu itinerário digital.


Fonte:  The Economist
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terça-feira, 15 de abril de 2014

7 Paradigmas da Liderança

Mark Sanborn desenvolve líderes, e definiu muito bem nosso mundo atual, repleto de conceitos vazios e respostas fáceis. Muitas vezes, diz ele, gestores abdicam dos seu próprio pensamento, aceitando a sabedoria predominante. 
Entretanto, existem sérios mitos sobre liderança que precisam ser esclarecidos. Aqui estão alguns deles:


1. "Todos Gestores são líderes" 
Alguns gestores conseguem liderar e outros não. Gestores executam e mantêm processos. Eles contratam pessoas, mas não necessariamente conseguem obter a melhor performance das pessoas. Liderança sempre envolve mudança, melhoria e crescimento.

2. "Alguns nascem Líderes." 
Mesmo alguém com essa pré disposição, precisa aprender as competências da liderança.
Então, foque no que desenvolve seu comportamento e não somente seu conhecimento técnico.

3. "Líderes estão sempre certos." 
Na verdade, líderes fazem as perguntas certas para terem as melhores respostas. Quando colaboradores somente chegam até o líder com perguntas, provavelmente está sendo tirado deles a habilidade de pensar.

4. "É necessário um título para liderar." 
Só é preciso saber quando e como é apropriado liderar.
Uma equipe disposta a liderar é tão importante (ou mais) do que os líderes oficiais lá do topo.

5. "Líderes são focados." 
Líderes compartilham foco.
Se sua equipe não é focada, não adianta você ser. Um gestor é focado, mas um líder não desperdiça recursos sem relevância.
Estar focado significa disciplina e responsabilidade.

6. "Líder é Ambicioso." 
Liderança tem a ver com um bem maior.
Nnao há nada de errado com ambição, mas se o que você está fazendo serve somente à você, não está liderando. É preciso que clientes, funcionários, fornecedores, etc sejam atendidos também.

7. "Qualquer um pode liderar" 
Não sem a vontade de fazê-lo.
Desejo de ser líder é a base da liderança.
Ninguém melhora casualmente. 

Melhorar como líder é deixar para trás os pensamentos comuns, mentiras e equívocos, e buscar por sabedoria. Somente quando você souber a verdade, será livre e um grande líder.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A Reinvenção dos Motéis

Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. leia AQUI.
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Quando falamos em motel, o que vem primeiro a sua mente?

Se fosse americano, com certeza você pensaria em motor + hotel, ou hotel econômico à beira de uma rodovia, com acesso direto do quarto ao estacionamento, destinado a motoristas que precisam de um breve descanso antes de seguir viagem. Diferentemente de um hotel, o motel não é o destino, somente está no caminho até o destino.

Como curiosidade, o primeiro foi o Milestone Mo-tel (Motel Inn), na Califórnia, aberto pela Rede Hamilton, em 1925.


Mas como estamos no Brasil, você deve ter pensado em cama redonda, neon, TVs antigas, toalhas e lençóis desgastados, e total desconexão com turismo.

Depois de orientar excelentes trabalhos de conclusão de curso sobre o assunto, assim como os Hostels, tive a certeza que o mercado precisa quebrar alguns paradigmas com o setor.

Suítes supertecnológicas, decorações refinadas, investimentos em sistemas de iluminação, mudanças no atendimento e cardápio diferenciado já fazem parte da rotina de muitos motéis. E por falar em cardápio, o Motéis Gourmet, festival gastronômico de Belo Horizonte, já entra na sua 3ª edição com muito sucesso.


Esse banheiro poderia facilmente estar em um hotel de luxo, mas é
de uma das suítes do Lush Motel by Côncavo e Convexo, em São Paulo.
 
Esse é o cinema 4D privativo para 2 pessoas dentro da suíte do Lush,
com mais de 100 títulos. A poltrona recria os movimentos dos filmes,
e a pipoca está incluída no pacote.

Mas qual o resultado dessas inovações?

De acordo com a ABMotéis, 30% deles já estão em sintonia com a nova tendência de meio de hospedagem para negócios, entretenimento comercial ou empresarial, e lazer. São hóspedes residentes ou aqueles que frequentam grandes shows, eventos esportivos, feiras e eventos.

Desde 1968, quando o Motel Playboy (antigo Monte Belo Country Club) abriu suas portas em Itaquaquecetuba/SP, o segmento de motéis evoluiu muito por aqui. De acordo com pesquisa da empresa Zeax, o mercado moteleiro do Brasil se sofisticou, expandiu, e já conta com mais de 5.000 motéis, movimentando R$ 4 bilhões por ano.

Claro que estamos longe do Japão, a meca dos motéis, onde existem mais de 30.000 “love hotels”, quem movimentam R$ 80 bilhões anualmente.

Mas a cobrança por hora já é conhecida da hotelaria através do day use, embora alguns hoteleiros não vejam a prática com bons olhos.

A novidade então, fica por conta da adesão dos hotéis corporativos.

Exemplo disso é o crescimento meteórico do site www.day-use.hotels.com. Lançado em 2010 na França, o site contava somente com alguns hotéis de negócios de alto padrão oferecendo hospedagem de 3 à 7 horas, e um slogan conectado com o hóspede atual: “A second bed, a second office, a second life…”
 
Pouco tempo depois, o conceito se espalhou pela Europa e conquistou os Estados Unidos. Hoje em dia, até as grandes redes já aderiram à nova moda.


Durante a Copa, a Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis) em parceria com o site Guia de Motéis, permitirá o aluguel de quartos nas suas propriedades. Nas cidades sede, os hóspedes poderão entrar e sair a qualquer hora, e ainda levar a chave da sua suíte. O aluguel por horas também será adaptado, já que alguns motéis chegam a iniciar a diária somente às 2 da manhã.

Já seguindo a tendência da decoração mais clean e menos apelativa dos últimos tempos, entre Junho e Julho, não será difícil encontrar canais pornô desativados e camas retas. Só os espelhos no teto, marca registrada desse tipo de negócio, permanecerão.

Conheça os motéis selecionados para reservas durante o evento aqui.

E o futuro dos motéis?
 
Considerando o crescimento da economia, as características culturais, o bônus demográfico e os dados do mercado moteleiro, as perspectivas são excelentes para os próximos 10 anos.

E isso se justifica pela demanda não atendida de motéis que ofereçam serviços sofisticados, sem a vulgaridade que caracterizou os motéis dos anos 80. Esse tipo de propriedade vai crescer em média 27% ao ano, sendo que à partir de 2022, os motéis movimentarão 15 bilhões de reais anualmente.

Definitivamente um segmento de hospedagem que merece toda a atenção, cada vez mais profissional, e antenado aos movimentos do mercado.
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domingo, 6 de abril de 2014

Couchsurfing, o sucesso do "surfe no sofá"

Sites como Airbnb e Travelrent oferecem aluguéis de quartos em casas de família a um preço muito mais baixo que em hotéis. Mas, por que pagar por isso? 
O movimento do "surfe de sofá" (em inglês couchsurfing) funciona pelo princípio da troca. Inscreva-se no www.couchsurfing.org e ficará habilitado a procurar sofás e camas extras no mundo inteiro, além de poder oferecer acomodação a quem visitar sua cidade.


A meta é criar uma comunidade global e reunir pessoas num espírito de paz, camaradagem e diversão. É claro que nem todo sofá é confortável e nem todo anfitrião é agradável, mas a incerteza faz parte da aventura.
Criado em 2003, já tem 4 milhões de usuários. A intenção é que você conheça a cidade baseado na experiência do seu anfitrião, que deve servir como guia informal.
Faça o teste do sofá
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