quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Os Inesquecíveis Eventos Sensoriais

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Esse meu artigo também foi publicado no site Cidade Marketing. Leia aqui.
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As pessoas sentem (emoções) antes de pensar (decisão racional) e, sem gerar um apelo emocional adequado, momentos são facilmente esquecidos.  Em um evento, são inúmeras as oportunidades para estimular os sentidos e se tornar inesquecível. A música, a luz, a decoração do salão, tudo pode criar memórias únicas.
Conheça alguns pontos importantes de um evento sensorial, da promoção à produção:

1) Trabalhe os cinco sentidos
Imagens e sons são ótimos, mas super utilizados. 83% da comunicação dos eventos têm o foco na visão e audição.
Que tal agregar outras dimensões sensoriais e se destacar? Afinal, o futuro vai exigir mais criatividade para que consigamos prender a atenção das pessoas.

Fonte: Millward Brown

- Audição - A música afeta nossas emoções e comportamentos, podendo criar a sensação de 'pertencer'.
- Olfato – Dificilmente saímos impassíveis de um ambiente com um ótimo aroma, pois ele é recebido pelo lado direito do cérebro, responsável pelas emoções. Desta forma, o evento fica ligado às emoções agradáveis produzidas pelos efeitos da fragrância. Além disso, é comprovado que o olfato é o sentido de maior impacto nas nossas decisões.
Um estudo da Universidade americana Rockefeller, revelou que as pessoas são capazes de lembrar 35% dos odores que sentem, 5% do que vêem, 2% do que ouvem e 1% daquilo que tocam. Além disso, a memória pode reter até 10.000 aromas distintos, ao passo que reconhece apenas 200 cores.
- Tato - Com certeza, você pensou nas texturas dos tapetes, cortinas e guardanapos. Mas essa experiência começa antes, nas brochuras, convites e todo material promocional do seu evento.
- Paladar - A melhor maneira de ressaltar o paladar é você neutralizar os outros sentidos. Nesse momento, o foco deve estar todo na gastronomia. Por isso a principal atração da noite nunca acontece no momento do prato principal.
 
2) Torne-se inesquecível
Muito se fala em 'experiência' mas, na verdade, o que guardamos é a sensação que sentimos enquanto aproveitamos a infraestrutura e o serviço de um evento.
Se nos sentimos confortáveis, únicos e bem-vindos, é assim que nos lembraremos daquele momento. A experiência proporcionará uma emoção, e esse é um dos componentes para criarmos nosso 'valor percebido' sobre aquele momento.
 
3) Envolva seus convidados emocionalmente
Apego e autoestima são as motivações que funcionam melhor em uma comunicação. Em latim, 'motivação' e 'emoção' têm a mesma raiz: fazer algo acontecer. Sem envolvimento emocional, seu evento não será lembrado.


Jantar na Ilha de Capri, Itália
   
4) Crie um evento de personalidade
Claro que existem as emoções efêmeras, criadas pelo estímulo de receber um convite, por exemplo.  Entretanto, nada como um evento criar uma personalidade atraente e consagrar os valores que as pessoas aceitam. “Alguém” com personalidade não passa desapercebido, não é?
 
6) Deixe claras as "razões para acreditar"
Argumentos através de estatísticas é o tipo menos persuasivo de convencer alguém. O importante é criar uma história de forma intuitiva e visual, afinal, é preciso passar, através da comunicação, provas que seu evento vai “entregar” toda aquela experiência prometida.
 
A neurociência vem ganhando espaço no marketing e já é comprovado que usamos em torno de 80% das nossas emoções para tomar decisões. Portanto, aplique estratégias do marketing sensorial, proporcione boas lembranças, reforce laços afetivos, e bom evento!
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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Valorize seus 'Invisíveis'


Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. Leia aqui.
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Quando você faz um bom trabalho, quer ser reconhecido, certo?
Pois saiba que existem muitas pessoas muito confortáveis com o anonimato.

Sabe aquele funcionário competente e comprometido, que não faz autopromoção, e até foge dos holofotes?

Pois ele é mais um na legião de ‘invisíveis’ da sua empresa. 

E justamente por serem low profile, se tornam um desafio para os gestores, pois é fácil considerá-los garantidos. No entanto, é preciso entendê-los, ou o risco de perdê-los é grande.

Eles são encontrados em posições diversas, até o topo. David Zweig, escritor que estuda o comportamento dos invisíveis, afirma: Para eles, qualquer tempo gasto cortejando elogios ou fama é um tempo roubado do trabalho importante e interessante que eles têm. Sua relação com o reconhecimento é muitas vezes oposta ao que a maioria aprecia: quanto melhor fazem seu trabalho, mais desaparecem. Pode acontecer de só serem notados se algo sair errado.”
 
Ser um invisível tem menos a ver com ser visto, e mais com motivação. 

Faça o teste. Se você responder ‘sim’ para a maioria das perguntas abaixo, talvez seja um invisível:

·      Fala mais ‘nós’ do que ‘eu’?
·      O que o deixa satisfeito é o trabalho em si?
·      Ser meticuloso faz parte da sua ética de trabalho?
·      É extremamente responsável?
·      Não fica atrás de elogios do chefe?
·      Tem uma percepção tranquila de si mesmo (‘se basta’)?
·      Lidera pelo exemplo?
·      Quanto mais responsabilidade, mais honrado se sente?

Eles nos ensinam que poder e visibilidade nem sempre andam juntos.
Alguns arquétipos do profissional invisível:
  • Ghostwriter (escritor que não assina suas obras) – Você conhece Alan Dean Foster? E Star Wars? Pois é, ele escreveu.
  • Anestesista
  • Editor
  • Perfumista

E quem são os invisíveis no seu hotel? Seria...
·     ...o assistente de reservas que tem o maior índice de conversão, mas você nem sabe o nome?
·     ...o garçom que todos os clientes elogiam e você nem cumprimenta ao entrar no restaurante?
·   ...o vendedor que sempre bate suas metas individuais, e que você não reconhece porque o resultado geral do hotel não foi alcançado?
·   ...ou o gerente daquela área que não dá problema, mas você acha meio ‘mole’, porque não se posiciona nas reuniões de comitê?

São pessoas que, quanto melhor fazem seu trabalho, menos os percebemos.

Na cultura de celebridades que vivemos, muitas vezes os invisíveis são incompreendidos. Durante muitos anos, os alunos e profissionais mais cultuados foram os extrovertidos.  Mas livros como o best sellerO Poder dos Quietos”, de Susan Cain, revela que muitas pessoas fazem melhor seu trabalho sozinhas. A veneração atual pelos escritórios abertos, por exemplo, muitas vezes não proporciona os melhores resultados, apenas desvia a atenção para os que defendem seus pontos de vista falando mais alto.

Portanto, cuidado para não se perder no ‘barulho’, e deixar as qualidades silenciosas passarem desapercebidas. Se um invisível percebe que a empresa é paternalista ou promove profissionais com performances questionáveis, imediatamente começa a atualizar o currículo.

Então como lidar com eles?

1)    Identifique-os.
2)    Reconheça-os como modelos, aqueles que ‘jogam’ para o time.
3)    Recompense-os de forma justa (muitos sabem o valor que tem).
4)    Converse abertamente e saiba o que funciona para eles.
5)    Certifique-se que seu trabalho seja interessante.

A recompensa de saber lidar com os invisíveis não é só mantê-los (pois eles fazem toda a diferença no seu negócio), mas internalizar sua ética e excelência na cultura da empresa.

Por fim, tenha estrelas em posições que exijam esse perfil, mas mantenha muitos invisíveis satisfeitos.

Se quiser saber mais sobre o assunto, recomendo o livro “The Invisibles” (ainda sem tradução para o português) de David Zweig.

Mas independente da leitura, valorize seus invisíveis!

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