domingo, 24 de agosto de 2008

Os Novos Gurus dos Negócios

O Wall Street Journal divulgou uma lista dos maiores "gurus" de negócios de hoje. Ao longo das décadas, pensadores como Michael Porter e Peter Drucker dominaram o ideário da gestão. Os gurus de hoje não estão mais apenas nas universidades mais concenituadas.

1º - Gary Hamel - Professor da London Business School e Consultor

- Thomas Friedman - Colunista do New York Times - autor do livro "O Mundo é Plano" (Aliás, um dos melhores livros que já li. Mesmo com as críticas que teve, recomendo muito para quem quer entender o que se passa no mundo dos negócios atualmente).
- Bill Gates - acerdito que não precisa apresentação.
- Malcolm Gladwell - escritor do livro "Blink - Decidir num piscar de olhos" sobre o processo de decisão das pessoas.
- Howard Gardner - Professor de Harvard, mas com foco em comportamento e psicologia.
Os critérios são citações em registros acadêmicos, em jornais e revistas e também a popularidade em pesquisas do Google.
Como diz a jornalista Cristiane Mano da Exame (e concordo 100% com ela): "É curioso imaginar por que, afinal, os acadêmicos perderam o brilho. Arrisco um palpite. Em um mundo já superlotado de informação, mais do que criar idéias e teorias novas, hoje em dia parece prevalecer a habilidade de agrupar e interpretar as que já estão por aí. Quem mais se arrisca?"
Claro que fui procurar meus autores prediletos:
Michael Porter (Harvard) ficou em 14º e o badalado Ram Charan (também de Harvard) passou longe da lista. Mas não fiquei tão decepcionada, pois o Philip Kotler (Professor de Northwestern e "ainda" guru do Marketing) ficou em 6º lugar.
Leia aqui a reportagem na íntegra na Exame e veja os 20 primeiros colocados e a bagatela que cobram por uma palestra.

Crise Existencial das Embalagens

Outra reportagem muito interessante da Folha de SP deste domingo (24/08/08).
81% das decisões de compra são tomadas em frente às prateleiras. A guerra visual das gôndolas é o momento decisivo para o sucesso dos produtos. 90% do que está à vendas não é anunciado em mídia. A embalagem é, na maioria das vezes, a única forma de comunicação entre marca e consumidor.

"Um supermercado em cerca de 40 mil itens. O produto tem um segundo para captar a atenção das pessoas e a embalagem tem que expressar o que ele tem de único", diz Paulo Vischi, diretor da empresa de branding Paprika.

Na verdade está faltando diferenciação (e muita). Veja o exemplo das embalagens de suco: todas têm uma foto da fruta cortada no meio.




Paulo vai mais além: "Cada marca deveria tratar suas embalagens como estratégia, buscando um conceito só seu, em vez de seguir códigos pré estabelecidos da concorrência. O design deve ser a expressão da essência da marca e ser perceptível e relevante às necessidades e desejos das pessoas, não da categoria."

Caixas com conceito podem ser contadas nos dedos como:
Linha Frutífera da Natura, que aposta na embalagem "calma".


Ou o azeite Verdenso que destacou sua produção artesanal.
Exemplos de inovação:


- Margarina Becel - Tampa em forma de onda e transparente



- Leite Moça ganhou lata acinturada em 2006.


- "Cara do passado" está vendendo bem para consumidores mais velhos, pois estes tendem a ver o conjunto primeiro. Ao contrário das crianças que percebem cada elemento separadamente. Não é à toa que os cereais destinados ao público infantil devem abusar das imagens de super-heróis, misturadas aos lembretes de brindes e promoções.

Mas definitivamente o grande desafio ainda é a RECICLAGEM. No Brasil existem poucos produtos com refil e a Natura investe nesta área desde 1983. A Avon, aos poucos, está seguindo a mesma linha.


Nos EUA, um bom exemplo são as garrafas de água vitaminada Y Water para crianças, vendidas nos U.S. viram brinquedo quando estão vazias.


Para saber mais sobre o assunto, consulte a
ABRE (Assoc.Bras.de Embalagens) e o Guia da Embalagem! E próxima vez no supermercado, começe a prestar mais atenção...é bem interessante!

Inovação com estratégia

Saiu um livro interessante sobre inovação - "O Jogo da Liderança: Metas e Estratégias de Inovação para o Sucesso de sua Empresa."
Os autores (Alan George Lafley - CEO da Procter & Gamble e Ram Charan - consultor de empresas globais) sugerem que a cultura da inovação deve focar o cliente e a prateleira, independentemente de quanto a empresa tem para investir. Lafley fala em dois "momentos da verdade": quando o cliente decide o que comprar e experimentar e quando ele adota o produto que comprou e experimentou. Assim, a inovação deve motivar a primeira compra, mas precisa ser útil para que o cliente volte.
O livro tem um lado didático interessante como a segmentação de públicos alvo e "regras do brainstorming", mas também muitos exemplos práticos de casos reais bem e mal sucedidos de inovação.
Leia um pouco do livro aqui.
Estamos falando aqui dos velhos conceitos de "valor esperado" e "valor percebido" . Agora, aliar perfeitamente isso no dia-a-dia das empresas não é tarefa tão fácil quanto parece.
Aproveito para indicar os livros do Ram Charan. Ele é ótimo!

"Branded Content"

Já ouviu falar nesta expressão? Pois é a nova tendência da publicidade e significa "produção de conteúdo" feita pelas marcas. Vou explicar: em vez de simplesmente patrocinar programas ou fazer propaganda tradicional, as empresas têm, cada vez mais, produzido conteúdo para atrair a simpatia do consumidor mais crítico e arisco dos tempos da internet. Por exemplo, as rádios Mitsubishi FM e Oi FM. Elas carregam nomes de empresas, as músicas e os programas jornalísticos veiculados procuram traduzir a "cara" das marcas e atrair uma audiência que se identifique com elas.

"Com controle remoto, podcasts, rádios e TV digitais, ade vez menos o consumidor está disposto a ver propaganda", diz Hércules Florence, sócio da agência Share Brand Entertainment à Folha de São Paulo de 24/08/08, de onde tirei esta reportagem.

O conteúdo pode aumentar reconhecimento e faturamento da marca. Os desfiles da grife de lingerie Victoria´s Secret são comprados por dezenas de emissoras de TV e sites.

Mas algumas empresas garantem que isso é somente uma estratégia de fortalecimento da marca e nada mais. Renata Souza Ramos, diretora de marketing da Mitsubishi Motors afirma: "Nosso negócio é vender carros. Fazemos o rali, a revista e, agora, a rádio, para investir na marca e não para lucrar."

Seja como for, definitivamente as empresas (de todos segmentos de mercado) devem começar a inovar urgente a maneira como se comunicam com seu consumidor. A tecnologia está mudando (e rápido) o perfil de compra de todos nós! Criatividade já!!!


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Turismo Excêntrico

Existem hotéis que vão mais longe para se diferenciar. Via estas experiências fora do comum no site Unusual Hotels of the World. Muuuuuito interessante

Abaixo os que mais gostei:

Iglu-Dorf Hotel - Alpes Suiços - camas de gelo e jacuzzi ao ar livre




Jules Undersea Lodge - Florida - Embaixo d´água. Proibido para quem tem claustrofobia.




Capsule Inn - Japão - meio mórbido , não?!



Propeller Island City Lodge - Berlin - Vale a pena entrar no site, pois cada apto. é totalmente diferente e mais maluco que o outro.



Das Park Hotel - Áustria - cilindros de concreto (acredite ou não!)




Art Luise - Berlin - artistas reconhecidos fizeram cada apto.



Dog Bark Park - Idaho/US - Maior hotel de madeira do mundo.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Eventos Corporativos (M.I.C.E.)

Interessante matéria que saiu na publicação "O Gestor" da ABGEV (Assoc.Bras. de gestores de Viagens Corporativas) na edição de fev/março 2008.
O segmento de M.I.C.E. (Meetings, Incentives, Congresses & Exhibitions), também conhecido como Eventos Corporativos, estão aumentando cada vez mais seu volume de negócios ao redor do mundo.


Os tipos de eventos mais frequentes realizados pelas empresas são: Convenção, Treinamento, Incentivo, Lançamento de Produto e Premiação.


Obs.: Para quem não sabe o que é incentivo, muitas empresas, ao invés de prem
iar um funcionário com dinheiro ou algo material, oferecem uma viagem. Isso é uma experiência que pode ficar na memória de quem participa por até 12 anos. Ou seja, funcionário, cliente ou fornecedor satisfeitos e motivados são fonte de melhorias nos negócios e maiores lucros.


O gasto anual médio com eventos corporativos é de acima de R$ 1 milhão para 80% das grandes empresas.
Os destinos mais procurados são Europa, US e América Latina. No Brasil, as grandes cidades ainda ganham da praia e do campo.
Para hospedagem, a categoria superior de hotéis é a preferida (46%) e, no Brasil, empata com os resorts locais (38%).
Diferenciais desejados por quem trabalha neste segmento:
* Bloqueio de passagens aéreas de um a 3 meses antes e o pagamento uma semana antes do embarque. Motivo: muitas vezes só conseguem saber os participantes próximo ao evento.
* Em serviços prestados pelas aéreas, o atendimento recebeu 94% das atenções, principalmente para que a negociação seja corretamente passada para a operação.
* Mão de obra especializada no destino (80% preferem contratar um
DMC - Destination Management Company - agência especialista no receptivo local).
* Infra-estrutura é importante na decisão de um destino.
* Facilidade logística.




Quanto à programação, jantares temáticos, city tours e programas culturais são os mais procurados.
Para complementar, de acordo com reportagem da Business Travel, a ICCA - International Congress & Convention Association, a maior e mais respeitada entidade da indústria mundial de eventos, divulgou os “Top 20” no ranking de países e cidades que mais realizaram eventos internacionais no ano passado (2007):
1º - Estados Unidos
2º - Alemanha
3º - Espanha
4º - Reino Unido
5º - França
6º - Itália
7º - Japão
8º - Brasil (perdendo a 7º posição para o Japão este ano)
Tudo isso prova que no mundo dos eventos corporativos não há mais lugar para amadores.

Melhores Piscinas do Mundo - Parte 2



Resultado Enquete 2 - Você compra pela internet?

Respostas:

1) Claro. Porque não compraria? - 53,5%
2) De vez em quando - 46,5%
3) Comprei uma vez - 0%
4) Nunca comprei. Não acho seguro - 0%
5) Nunca comprei, mas pretendo comprar - 0%
Término: Julho 2008


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

THE SETAI Luxury Hotel

Vamos tentar tangibilizar o luxo na hotelaria.
Apresento o The SETAI Luxury Hotel, de South Beach Miami.

Só de entrar no site, já dá para entender do que estou falando.
Imagine...

* 3 funcionários por hóspede.
* Carro de luxo incluído na diária para trazê-lo e levá-lo ao aeroporto. E o hóspede ainda pode escolher entre um Bentley ou Mercedes.
* Pétalas de rosas na banheira para esperá-lo como padrão de serviço.
* Design diferenciado e com motivos asiáticos.
* Peças de Jade autênticas encontradas no antigo mercado da China como decoração.
* Detalhes impecáveis em cada apartamento.
* Espaço / Tranquilidade / Discrição / Ambiente Intimista
* Suite Presidencial (ou Penthouse) com 930 m2
* Cardápio inovador e vinhos excepcionais.
* Chef de cozinha cheio de prêmios internacionais.
* Um SPA de tirar o fôlego. (Aliás, estão com uma promoção até 01/10/08 com o Day Spa por USD 200,00)
* As "day-beds" que podem ser utilizadas na praia ou na piscina incluem serviço completo com toalhas, água, revistas e IPod para você aproveitar o sol.
* Decoração somente com botões de rosas, que são trocadas 2 vezes por semana. Algumas pessoas entram no hotel só para ver os arranjos lindos de rosas do Lobby.
* Adrian Zecha como seu "hotelier"
* Vários prêmios como melhor hotel pela Conde Nast Traveller.
* Diárias de USD 600 à USD 3.000.



E uma historinha à parte que fiquei sabendo: Um casal com 2 filhos que passou umas 2 semanas no hotel e gastou em torno de USD 280.000. Na semana seguinte, recebeu do hotel 3 catálogos (Cartier, Louis Vuitton e Bellucci) para eles escolherem qualquer ítem de até USD 4.000/cada. Um simples agradecimento por terem escolhido o hotel. Obs.: O casal já tem mais duas reservas até 2009. Enjoy...