segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Resultado Enquete 4 - O que mais te irrita em uma compra?

O que mais te irrita em uma compra?

1) Mau atendimento (52%)
2) Demora (10%)
3) Pessoas arrogantes (15%)
4) Falta qualidade no produto (5%)
5) Não cumprirem o que prometem (15%)
6) Incoerência Incoerência de preços (0%)
Término - Agosto 2009



Lembrando que um consumidor feliz comenta com 3 pessoas e, um consumidor insatisfeito, pode influenciar (hoje em dia, com a internet) até 3.000 pessoas.

Você está cuidando bem dos seus clientes?

A Disney fez uma pesquisa sobre o assunto para responder a pergunta: "Porque clientes deixam uma empresa?"


Resultado surpreendente:
2% - Influenciados por amigos
3% - Mudam de endereço
1% - Morrem
14% - Insatisfeitos com o produto
9% - (Apenas!) porque são atraídos pela concorrência
3% - outros motivos quaisquer
68% - PELA ATITUDE DE INDIFERENÇA DE UM FUNCIONÁRIO

Ou seja, esse negócio de dizer "perdemos para a concorrência" é bobagem. O certo é dizer "perdemos por nossa culpa mesmo."

Lema da Disney: “Pessoas-funcionários bem preparados e felizes fazem pessoas-clientes felizes.”


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Experiência "pra lá de" Alternativa

Vou contar uma história inacreditável que aconteceu comigo lá "pelos idos" de 1996/1997.


Como sempre gostei de escrever, de vez em quando participava de concursos culturais de jornais e revistas. Para minha alegria (já que nunca ganhei nada nesses projetos, além do prazer de escrever), cheguei ao final do Concurso "Viagem do Leitor" de uma Revista chamada "Turismo BrasilService".
Restavam só 3 finalistas, e eu, otimista como sempre, já me imaginava curtindo uma praia no mar do Caribe (com direito a acompanhante).

No mês seguinte, edição onde deveria ser revelado o ganhador da promoção, procurei por todas as bancas de jornal e não encontrei mais a revista.
Estranho?! Não tive dúvidas, liguei para a Editora (LARC Serviços de Comunicação Ltda), com aqueles telefones de 7 números ainda. O número não existia. Tentei todas as outras formas (dos anos 90) de comunicação (carta, fax, telefones de filiais de outros estados), nada! Lembrando que eu não tinha acesso à internet na época.

Resumindo, a revista fechou e a história do único concurso que eu poderia ter ganho na vida, ficou na lenda!
Claro que, assim que tive acesso à internet, algum tempo depois, minhas primeiras palavras escritas nos sites de busca foram: "revista turismo brasilservice" e "larc serviços de comunicação"...nada! Essa última até existe, mas o "website não é divulgado". Decepção!
Lembrei disso esses dias e resolvi aproveitar o espaço aqui para não deixar a história, nem o texto, se perderem no tempo.
Segue abaixo a comprovação da publicação (sim, eu mantenho a revista até hoje - Ano XI, nº 118, R$ 6,00...questão de honra!).

Quem souber notícias da revista, do meu (possível) prêmio ou só quiser fazer comentários sobre o que achou do texto, será muito bem-vindo!

Em tempo, a viagem para Cancun e o lugar descrito realmente existem. Mas não passei a noite lá e, claro, minha imaginação ajudou para a finalização do texto.



"EXPERIÊNCIA ALTERNATIVA"
Por trabalhar em um hotel 5 estrelas e viver sob o constante stress da vida urbana, sempre apreciei o contato com a natureza e viagens alternativas.
De férias em Cancun, cheguei a uma praia de difícil acesso, próxima às ruínas maias, típicas naquela região. Fui informada de que a praia era própria para nudismo e dispunha de cabanas "simples" para passar a noite. Achei a idéia tentadora (não que seja adepta ao nudismo). Mal podia imaginar o martírio que me aguardava. A palavra "simples" nunca mais teve o mesmo significado para mim.
Resolvi me hospedar por uma noite e, na ansiedade de curtir novas emoções, nem me preocupei em dar uma olhada nas dez cabanas disponíveis. Tudo começou com o proprietário do local. Um homem saído diretamente de Woodstock e seguidor ortodoxo do movimento hippie. Ao invés de espanhol, apelidei seu linguajar de "mexicanês pode crê"! Quando perguntei pelas chaves, recebi um irônico sorriso como resposta. Não entendi!
Finalmente cheguei ao aconchego da cabana que seria meu lar durante aquela noite. Nunca tive graves problemas de saúde, mas naquela hora pude sentir na pele como deve ser doloroso um princípio de enfarte.
Entendi o porquê do sorriso irônico do anfitrião...um pedaço de corda era a "chave".
Com um confortável "living", quarto e cozinha conjugados em 2 x 2,5 m, a cabana era feita de madeira e, pasmem, não havia assoalho. Somente algumas tábuas de madeira foram erguidas sob a areia da praia e, ainda assim, com frestas que mais pareciam janelas ou persianas para ventilação. Fui tentando, aos poucos, me refazer do susto. Afinal de contas nem tudo estava perdido, pois havia uma rede para que minha escoliose passasse bem a noite. Que pesadelo!
Aliás, a belíssima rede, que não poderia ter sido lavada nos últimos cinco anos, parecia a salvação, já que era a única mobília do distinto recinto (até rimou!).
Já estava entardecendo e a maioria dos turistas retornavam para o centro de Cancún, para seus colchões, chuveiros quentes e toda aquela infra-estrutura básica que ninguém dá valor até ter a infeliz idéia de tentar ser "alternativo". Tudo bem, o espírito de aventura estava falando mais alto.
Na praia restavam somente alguns casais de namorados (hippies, é claro) e simpatizantes do nudismo. Deveria ter aproveitado aqueles singulares momentos para um estudo sociológico aprofundado daquele grupo de pessoas que vivia num mundo completamente isolado do resto da civilização.
Depois de muita meditação e bate-papo sobre o cosmos, nada melhor que um banho, um jantar típico e uma noitada "a la Mexico"!
O banheiro comunitário se resumia em uma casinha de madeira sob uma duna de areia que insistia em mudar de lugar conforme o vento. Claro que as frestas nas paredes, assim como nas cabanas, estavam presentes. O tão esperado banho quente provinha de um chuveiro que oferecia, em torno, de cinco gotas geladas para cada hóspede. Até hoje ainda acho que era água salgada.
Não preciso falar da existência ou não de sabonetes, toalhas, etc. Shampoo? "O que é isso?" Fiquei com medo de perguntar pelo condicionador.
Passado o trauma do banho, pés constantemente em contato com a areia da praia, vamos ao jantar. Uma escada natural, feita de pedras e areia me separava do restaurante mais próximo. Só não haviam me avisado dos quase 100 degraus que deveria enfrentar. Tudo bem, os deliciosos pratos típicos tirariam a má impressão deixada pelo terrível acesso ao local. Eu já estava me acostumando com as decepções e a porção de minúsculos e engordurados camarões "típicos", servidos como prato principal, não me surpreenderam. Recuso-me a lembrar dos outros pratos. Entendi porque o pessoal alternativo era vegetariano, ou estava sempre fazendo jejum. Meu paladar nunca mais foi o mesmo.
De volta ao "resort", fui à beira da praia apreciar o local. Foi o momento mais bonito do dia. A lua parecia sorrir de tão bela. Por alguns momentos achei que ela estava rindo da minha situação...debochada! Bem, eu daria razão a ela, mas logo voltei ao meu estado contemplativo. Notei que a grande farra, regada à tequila e acompanhada pelos mariachis não acontecia. As estrelas foram o espetáculo. Realmente inesquecível, mas o pior estava por vir. Eu teria que (ou pelo menos tentar) dormir na rede "king-size" que me aguardava.
Posso dizer que foi a noite de sono (ou sem ele) mais terrível da minha vida. Mas teve suas compensações.
Acordei com meus "vizinhos" hippies tocando violão em uma reverência ao sol. Aquela paz toda já estava mexendo com meus nervos. Após duas horas tentando colocar a minha coluna no lugar, arrumei minha mochila (coitada!) e comecei a me despedir do lugar. Não me importei em desperdiçar a diária válida até o meio dia.
Na minha caminhada para o ônibus que me levaria de volta à Cancún, olhei para trás e pude ver meus amigos ainda cantando, meditando, sem banho a vários dias, jejuando e, posso até dizer, em seu estilo alternativo de ser, sendo felizes. Senti-me melancólica por um minuto, mas, no minuto seguinte, pensei:
- "Qual o problema de um hotel 5 estrelas?"
Bem, já posso dizer que fui "alternativa" uma vez na vida. Meus netos se orgulharão de mim. Ai, minha coluna!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Os "incríveis" hotéis embaixo d´água

Muito tem se falado ultimamente do lançamento do Hydropolis Underwater Hotel and Resort em Dubai. Ele até poderá ser o mais famoso, mas não é o primeiro hotel submerso.

Listo aqui os 3 mais interessantes:

1) Jules Undersea Lodge - 1º Hotel embaixo d´água do mundo. Construído em 1970 na costa de Porto Rico e funciona hoje em Key Largo, Florida, desde 1986.
Com um conceito inovador, ele ficou mais famoso quando, há alguns anos, o ecoturismo virou moda. Para quem não tem certificado de mergulhador, é necessário passar por um curso relâmpago de 3 horas antes de "descer" para seu quarto. O ambiente é pequeno, mas dispõe de tudo o que se espera de um quarto confortável (ar condicionado, DVD, chuveiro quente, etc. Mas o que você estará comprando de maior valor mesmo é a "experiência"!




2) Poseidon Undersea Resort - Previsto com abertura para Setembro 2009, o hotel está baseado em Fiji.
O Engenheiro submarino americano Bruce Jones, fã de Júlio Verne e filmes de exploração submarina, planejou o hotel, que custou USD 3 milhões. Uma noite na suíte standard custará USD 1.500,00.



3) Crescent Hydropolis - está em construção sob a ousada e contemporânea arquitetura característica das obras de Dubai. A previsão de abertura, que era para 2006, agora está para 2009. Importante lembrar que ele faz parte de uma rede que pretende ter 7 resorts assim ao redor do mundo.
Com um custo de USD 550 milhões, o resort de luxo terá 220 suítes em formato de bolhas. Com certeza, um espetáculo.
"Hydropolis não é um projeto, mas uma paixão," comenta Joachim Hauser, o desenvolvedor e designer do hotel.
Mais detalhes sobre ele aqui (em inglês)


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Hotel no céu - MahaNakhon

O mais alto prédio de Bangcoc será um oásis de luxo urbano, com Residências Ritz-Carlton, uma Praça Pública e o hotel 5 estrelas Edition. Tudo isso com a colaboração do renomado empreendedor americano Ian Schrager.
O projeto, batizado de MahaNakhon, é do arquiteto é Ole Scheeren, sócio do mundialmente famoso Rem Koolhaas na firma OMA (que assina, entre outras construções high-profile, a iconoclasta sede da rede de tevê chinesa em Pequim) e estará pronto em 2012.



O arranha-céus MahaNakhon terá 77 andares e abrigará, entre outras coisas, apartamentos de luxo administrados pela rede Ritz-Carlton (custando a partir de US$ 840 mil cada). Na cobertura, a 310 metros do solo, haverá um lounge e um restaurante, com vista 360 graus.

O prédio conta com andares uniformes entrecortados por andares com protuberâncias, terraços verdes e formato irregular, lembrando, quando vistos de longe, uma fotografia pixelada.



sábado, 22 de agosto de 2009

Melhores Piscinas do Mundo - Parte 3








Não gostou? Ah, entendi....o seu negócio é "calor humano"...então segue uma dica abaixo no Japão:




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Se você gostou desse post, veja também:
Melhores piscinas do mundo - Parte 1

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Luxury Gadgets

Definição de Luxo = "Levar a vida com grandes despesas com supérfluos, com conforto e bens materiais." Dicionário Aurélio
Se colocamos "luxury gadgets" no google, vão aparecer inúmeros sites e produtos incríveis. Então resolvi pensar mais alto e citar aqueles que valem USD 1 milhão ou mais. Achei 3 sensacionais. Mas fica a pergunta: "Se você tivesse um milhão de dólares sobrando, compraria algum destes?"

Bem-vindo ao mundo dos "supérfluos"!
1) Celular Gold Vish
Celular mais caro do mundo. Possui 120 quilates em diamantes, câmera com zoom digital (8x), 2GB de memória, Bluetooth, MP3 player, conexão USB e Rádio FM.
Existe só um no mundo. Designer: Emmanuel Gueit
Valor: USD 1 milhão




2) Laptop Luvaglio
Crivado de diamantes, o laptop mais caro do mundo possui Blu-Ray, USB e MP3 player.
Valor: USD 1 milhão


3) Caneta Aurora
Única caneta no mundo com 30 quilates de diamantes.
Uma coroa de diamantes requintada quase dois mil diamantes De Beers sob platina sólida com dois-tons e bico de ouro maciço de 18 quilates.
Série de 10 canetas também formam feitas em ouro branco.
Seu valor não é divulgado ao grande público, mas estima-se cerca de:
Valor: EU 1 milhão (quase USD 1.500.000)

Visto? Ok, então voltemos à BIC e ao trabalho...

Conselhos de Kotler

Durante o Fórum Mundial de Marketing e Vendas 2009, Philip Kotler (guru do marketing) aponta oportunidades valiosas em meio à crise.

Uma empresa forte, para Kotler, é aquela que está bem em finanças e em marketing. “Devem, na turbulência, comprar concorrentes ou seus ativos e aumentar investimentos em marketing”, recomenda.

Um dos erros que se comete em uma crise é colocar todas as energias da empresa no gerenciamento do presente, isto é, no corte de gorduras e na operação. Kotler aconselha insistir nos produtos que já estão prontos e desenvolver uma nova estratégia. “O que mantém uma empresa viva é o sonho. Salvar a empresa e esquecer todos os sonhos não é certo”, alerta.

Conselhos para marketing e vendas

Kotler foi generoso ao aconselhar aos profissionais de marketing e vendas sobre o que fazer em épocas de dificuldades. Confira alguns de seus conselhos:

- garantam o market share nos seus principais segmentos de clientes. “Não deixem que seu mercado principal seja afetado por suas medidas. Permaneçam próximos dos seus clientes principais”. Servindo melhor os principais segmentos de clientes, as empresas podem reduzir o o market share dos concorrentes;

- estudem melhor o cliente, cujas necessidades estão mudando. “Os vendedores não podem ser folhetos ambulantes faladores. É preciso saber sobre os problemas que estão preocupando o cliente”, diz Kotler;

- concentrem-se em tudo o que for seguro e enfatizem os valores essenciais. “Proteja aquilo que representa a sua marca”.

- abandonem rapidamente os projetos, anúncios e promoções que não dão certo;

- abandonem clientes, segmentos, localizações e produtos não lucrativos. “Alguns clientes você deseja que deixem sua empresa, para que atrapalhem a vida do concorrente”, diz o palestrante;

- tentem aumentar o orçamento de marketing, para investir em pesquisas, testar novas segmentações, alterar as características de um produto, bancar um lançamento promissor, aproximar-se dos clientes-chave e explicar-lhes por que ainda faz sentido comprar o seu produto;

- não deem descontos em suas melhores marcas. “Sua marca principal tem o seu preço. Isso é especialmente verdadeiro para as marcas de luxo”.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Consumidor "Desorientado"

Admiro muito o psiquiatra Jorge Forbes e, entre suas muitas teses sobre o comportamento humano, gosto particularmente das análises sobre consumo e luxo.

Sua teoria é: "Como variamos o objeto do consumo eternamente, por isso somos eternamente insatisfeitos!"

As inúmeras oportunidades e possibilidades da sociedade consumista que vivemos gera angústia. Assim, o homem se encontra "desbussolado", pois entre dez opções, a única certeza é que perderá nove. Além disso, a pressão pela melhor escolha é uma angústia disfarçada de prazer.

Ele classifica os consumidores em 2 tipos:
* Alienados - compram compulsivamente ( a alienação acalma)
* Responsáveis - mais conscientes do emprego do dinheiro

Se antes as pessoas se queixavam por não conseguirem atingir os objetivos, hoje, quase ao avesso, se queixam e se angustiam pelas múltiplas possibilidades que se oferecem.

Muitas pessoas buscam objetos exclusivos e caros. O termo exclusivo quer dizer excluído , à margem, fora. E, por natureza, o ser humano é narcíseo, quer reconhecimento. Se é excluído, sofrerá.

Exemplo: Se a mulher quer uma bolsa caríssima, ela deseja justamente porque vai incluí-la em um grupo que quer fazer parte - a bolsa é um ingresso para a integração.

Levado ao extremo, ainda há um ponto de alienação onde as pessoas querem ficar iguais. O consumo desenfreado é burro, vai contra o exercício da razão.

Mas, em um tempo de individualização, é inegável a necessidade de se diferenciar da massa, ser diferente. Sem ostentação, o luxo aqui está na busca da obtenção de coisas raras, singulares, que definem sua personalidade. Assim o "novo luxo" está mais a serviço da promoção de uma imagem singular do que de uma imagem de classe.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Hotel Italiano por 1 centavo

Um hotel próximo à Veneza errou e promoveu online uma diária por 0,1 Euro ao invés de 150 Euros.

Aproximadamente 230 pessoas tiraram vantagem da notícia e se hospedaram por (em média) 6 noites no Crowne Plaza.

Primeiro o hotel achou que o valor foi postado por um "hacker" mas, logo depois, descobriram que o erro humano foi feito na matriz da Rede em Atlanta, US.
O Hotel deve perder em torno de 90.000 Euros pelo erro de uma pessoa, pois vai honrar a tarifa divulgada.

A pergunta é: "Será que a pessoa que colocou a promoção no ar já conseguiu recolocação?"

sábado, 15 de agosto de 2009

A Força de uma Marca de Luxo

Esse meu artigo foi publicado no site CIDADE MARKETING. Leia AQUI.
Também publicado na HSM. Leia AQUI.
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Imagine a cena: uma senhora muito bem vestida passando o cartão de crédito na caixa da loja da Louis Vuitton no valor de R$ 10.300 para adquirir uma bolsa de couro de cabra. Ela está fazendo isso muito tranquilamente, sem nenhuma preocupação com a fatura que chegará no mês que vem. A vendedora, por sua vez, também não demonstra nenhuma grande euforia, afinal faz parte do seu dia-a-dia.

Mas o que está por trás dessa cena? O que foi preciso fazer para que esse momento acontecesse de uma maneira tão natural?

Na verdade ela não está comprando o objeto, mas uma sensação, uma emoção. Só isso explicaria alguém pagar tal valor por uma bolsa que pode ser encontrada aos montes em outras lojas do comércio em modelos muito parecidos.
As grandes marcas de luxo sabem que as pessoas estão comprando outra coisa. Um exemplo simples, mas bem conhecido e que ilustra este assunto é o filme “Uma Linda Mulher”. Lembram quando a Julia Roberts volta à loja de grife na Rodeo Boulevard com o cartão de crédito ilimitado do Richard Gere? Ela não estava comprando roupas, mas sim a aceitação das pessoas do “mundo” dele. Ela tinha “necessidade” de ser aceita naquele grupo. Nesse caso, não era somente um desejo (o prazer descompromissado), mas ela estava gastando em algo muito maior e isso não tem preço. Vendo por esse ângulo, não existe “nada” caro no mundo. Tudo depende do desejo e/ou da necessidade de quem compra.


Imagens, conceitos e sensações englobam o conjunto de representações dos produtos de luxo. O consumidor aceita pagar um preço superior por um objeto com características funcionais equivalentes a outros produtos mais baratos, justamente em função dessas representações associadas.

A marca deve criar emoções e experiências excepcionais e únicas. Aliás, não há mais espaço para ostentação, característica atribuída ao luxo do passado.

Com base nisso, alguns requisitos essenciais devem estar presentes hoje em uma marca de luxo:
• Altíssima qualidade
• Efeito de prestígio
• Remeter a emoções/sensações de bem estar pessoal
• Ser único (o produto/serviço vem com a idéia de “obra pessoal” e o cliente se sente único também)
• Estética super valorizada
• Sensação de “eterno” (ser atemporal)
• Estimulação dos cinco sentidos (levados ao extremo)
Importante destacar o que é “moda”, não necessariamente é luxo, pois, o prazer para si próprio é atemporal.
O crescimento desse mercado é exponencial. Os motivos variam desde a emergência das novas classes abastadas, a globalização e a abertura da lista dos países com tendência de luxo. Hoje, um terço deste setor está baseado no Japão, mas o crescimento nos países em desenvolvimento como China, Índia, Rússia e Brasil é impressionante.

Estas marcas são capazes de hipnotizar uma legião de consumidores. Todos estão atrás de uma idéia, de um comportamento, de um estilo de vida, de um símbolo de sucesso e poder e não de uma bolsa, uma caneta ou um relógio.
Não há como negar que certas marcas realmente conseguem se impor como imprescindíveis, transpor a lógica econômica, o tempo e fazer com que as pessoas saquem seus cartões de crédito sem racionalizar a compra. Aliás, fica claro que o processo de compra é totalmente emocional. A partir dessa constatação, grandes marcas de luxo constroem suas estratégias de marketing e seu “branding”.
Mas nenhuma dessas marcas nasce poderosa. Empresas gastam milhões e milhões para que o mercado gaste uma fortuna em um objeto sem nenhuma dor na consciência. Hoje em dia, além disso, as empresas ainda oferecem inúmeras possibilidades de customização. Afinal de contas, o importante é ser único. O marketing de massa realmente acabou.

A marca é o principal ativo de uma empresa que vende luxo. Especialistas afirmam que uma marca forte aumenta em, no mínimo, 40% o valor de um produto.
Tudo isso dito, concluímos que a marca é percepção. É o “valor” que o consumidor atribui a ela, considerada um ativo intangível e um diferencial competitivo único. É capaz de coisas incríveis como acrescentar zeros ao preço de um produto.

Citando Gilles Lipovetsky, o filósofo francês que virou referência no estudo do luxo: “O luxo é o sonho, o que embeleza o cenário da vida, a perfeição tornada coisa pelo gênio humano."

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

W Store Website

Como fã incondicional da Rede W Hotels, adorei a notícia.
A inauguração da The W Store website (Boutique online da Rede).

Não comprei nada ainda mas, só de navegar por lá, já é um prazer!
Você é recebido com a frase "What´s your wish?" (Qual o seu desejo?).
Quem sabe trabalhar com luxo, sabe e pronto!

Você pode ouvir o CD Wonderlust (adorei o nome!) aqui.
A W Bed também está disponível para venda!

Leiam mais sobre o incrível serviço de Concierge da W Hotels (Whatever / Whenever) aqui .

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vídeo Sensacional - Tráfego Aéreo Mundial

O tempo deste clip é de 1 min 12 seg e representa as 24 horas de um dia inteiro das viagens de avião.
Cada segundo de filme representa 20 minutos reais. Cada pontinho amarelo representa um voo com pelo menos 250 passageiros.Os vôos dos EUA para a Europa partem principalmente à noite, sendo a sua volta diurna.
Pela imagem que o sol imprime no globo, pode-se dizer que é verão no hemisfério norte. Isto porque ele quase não se põe no pólo norte e, no pólo Sul, quase não aparece.



2 dicas:
* Reparem na intensidade de voos domésticos nos EUA.
* Prestem atenção ao movimento do sol.

Obrigada a minha querida amiga Thaís Gross, que sempre me manda idéias interessantes para postar aqui.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

São Paulo - Um "case" de Turismo

Quando pensamos em turismo, normalmente São Paulo não é o primeiro destino brasileiro que nos vem a mente, mesmo sendo um dos maiores pólos de negócios e eventos do mundo (12º lugar de acordo com ranking de 2008 da ICCA).
O Rio de Janeiro ou as lindas praias do Nordeste sempre tomaram a frente em termos de turismo. Mas este cenário mudou, e hoje, a grande metrópole do país é a primeira em entrada de turistas, mesmo não sendo destino "sol e mar".
Com 15% do PIB e 6% da população do Brasil, claro que a força do turismo de negócios é inquestionável. Entretanto, a cultura, a gastronomia, a noite e o mais recente turismo de saúde, estão posicionando mundialmente a cidade como cosmopolita e atraindo executivos a ficarem mais alguns dias ou retornarem de férias com suas famílias.
Somente na área de feiras de negócios, a cidade movimenta movimenta cerca de R$ 2,4 milhões por ano, recebe 1 a cada 3 dias e detém 75% das feiras do país, como Couromoda (com mais de 65 mil profissionais), Francal, Fenatec, etc.
Quanto a hotelaria, que fechou 2008 com 68,5% de ocupação em 2008, são 410 hotéis com mais de 42.000 aptos. para todos os gostos.
E os restaurantes? Bem, o problema aqui é escolher entre as 12,5 mil opções.
A Campanha "São Paulo, Todas as Cidades do Mundo" (assista vídeo) mostra bem a diversidade de São Paulo.

A comprovação disso está nos renomados eventos abaixo:
* Musicais da Broadway
* GP Brasil de Fórmula 1 (única cidade da América Latina)
* Corrida de São Silvestre
* SP Fashion Week
* Parada GLBT (Maior do Mundo)
* Bienais do Livro, Artes e Arquitetura
* Salão do Automóvel
* Viradas Culturais e Esportivas
* Mostra Internacional de Cinema
* Corredor literário

Abaixo veja algumas dicas imperdíveis para conhecer a cidade de São Paulo:
1) Comer sanduíche de mortadela ou bolinho de bacalhau no Mercado Municipal
2) Assistir algum espetáculo da Broadway sempre em cartaz por aqui.
3) Assistir um concerto ou balé no Teatro Municipal
4) Conhecer o Masp e aproveitar o restaurante super "cool" que tem lá dentro.
5) Jantar no Terraço Itália e aproveitar a melhor vista da cidade.
6) Curtir a vida noturna da Vila Madalena
7) Tomar café da manhã em alguma das milhões de "padocas" da cidade.
8) Comer um bom "polpetone" com massa a seu gosto no Bairro do Bixiga
9) Dar uma voltinha na Oscar Freire e também na 25 de Março / Bom Retiro para compras
10) Conhecer o novo Shopping Cidade Jardim
11) Conhecer as feirinhas da Benedito Calixto e da Liberdade
12) Passear no Parque do Ibirapuera
13) Comer pizza (em qualquer lugar...você está em São Paulo)

Olha que eu sou do sul (Porto Alegre), já morei fora do país (Austrália) e também no Rio, mas posso dizer que São Paulo tem algo que envolve, encanta. São Paulo é um "vício"!

domingo, 9 de agosto de 2009

Roupa de Banho em "Vending Machines"

Imagine você chegar no resort dos sonhos para curtir as merecidas férias e se dar conta que não levou roupas de banho. A rede "The Standard Hotels" pensou nesta possibilidade e já resolveu o problema de um jeito, no mínimo, criativo. Em parceria com a marca de roupas esportivas Quiksilver, calções e biquínis serão vendidos não somente nas boutiques dos hotéis, mas também em "vending machines" localizadas estrategicamente ao lado das piscinas de seus hotéis de Nova Iorque, Hollywood, Los Angeles e Miami.
Agora não espere por grande variedade. Foram desenvolvidos quatro modelos de calções para homens (um para cada hotel). As mulheres deverão se contentar com um biquíni preto.
A primeira "vending machine" foi aberta para vendas em los Angeles dia 8 de Agosto.
Interessados podem comprar pela internet através da loja virtual da marca hoteleira: shopthestandard.com
Só não se assuste com os preços: 75 dólares os calções e 84 dólares o biquini.
Aliás, nesta loja virtual é possível encontrar artigos inéditos para um hotel. Por 20 dólares épossível adquirir o "Staff Calendar" (Calendário de Funcionários), com roupas e poses nada convencionais.
Cheque a irreverência da marca em vídeo aqui.

Ganhando a Guerra de Preços na Hotelaria

Ultimamente, a pergunta que a maioria dos executivos está fazendo é: “O que fazer quando meus competidores continuam baixando preço?”
Não há mágica para resolver o problema, mas podemos minimizar muito a situação antes de tomar qualquer decisão estratégica com base neste “medo” e “ansiedade" que a crise mundial traz.
Existe uma diferença muito grande entre baixar preços e diminuir diária média. Mudando o mix de negócios é possível aumentar ADR (Average Daily Rate) sem alteração em preços. Esta estratégia tem sido usada por hoteleiros (com boa noção de revenue management) a muitos anos.
Existem soluções de curto prazo que devem ser levadas em consideração antes de baixar preços e perguntas que devem ser feitas:
· Existe realmente uma resistência aos preços?
· Este é realmente seu cliente?
· Como o hóspede posiciona seu hotel?
· Que preço seus colaboradores acham que o hotel deveria oferecer?
· O preço do concorrente faz sentido?
· Você tem feito relatórios de reservas “negadas” e “canceladas”?
· Você tem feito análise do seu “break-even” para determinar um preço menor realmente vale a pena?



Feito isso, a primeira opção é agregar valor.
Depois, vêm as restrições especiais, que podem ser feitas em 4 frentes:
- Produto: limitar a oferta de certos tipos de aptos.
- Disponibilidade: oferecer melhores ofertas por longas estadias
- Cliente: priorizar a oferta para hóspedes que repetem estadias
- Transações: oferecer condições específicas para estadia dentro de um certo período de tempo.
Mas as estratégias acima devem ser bem pensadas, baseadas em dados confiáveis, comportamento do consumidor e executadas por um bom RM (Revenue Manager). Pode dar muito certo mas, se mal aplicadas, podem se tornar um desastre.



Tudo implementado corretamente e ainda sem resultado? Calma, ainda não é hora de entrar na guerra de preços. Faça uma análise do seu “break even” e veja quanto de receita e RNs (rooming nights) você precisa reduzir para ser benéfico. Nem sempre tarifas mais baixas e mais RNs garantem maior receita.
E se você não fizer nada? Quanto você pode perder? Se mantendo seus preços, você diminuiria seu volume em 5%, por exemplo. A receita perdida talvez seja bem menor do que o estrago que uma queda nos preços pode causar a longo prazo.
Especialistas falam que é necessário em torno de 30% de desconto para influenciar em uma compra. E ninguém pensa neste nível de desconto.

Se você ainda acha que precisa baixar preços, lembre-se que isso:
· Aumenta vendas rapidamente, mas sob muito mais risco a longo prazo.
· Gera custos mais altos com menos receita
· Oferece tarifas menores que o cliente está disposto a pagar (trade-down)
· Geralmente é uma resposta à concorrência (e todos saem perdendo)
· Descontos em hotelaria não incrementa volume tanto quanto diminui receita (Cornell University)

Em resumo, antes de ceder a pressão da concorrência, faça as perguntas certas, agregue valor primeiro e faça contas antes de tomar qualquer decisão precipitada.
BOAS VENDAS!!
Obs.: Leia também meu outro post sobre "Por que os clientes sempre pedem desconto?"

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Estamos "Over além da Conta"

Segue um texto muito interessante sobre a entrega da promessa das marcas. Agradeço ao Cláudio K. Freitas pelo envio e também por postar meu texto em seu blog.
Por Cláudio K. Freitas*

Certa vez ouvi um frase do mundo Disney que dizia o seguinte: "If you overpromisse, you underdeliver".E o que estamos fazendo hoje? A pergunta é dirigida aos diretores das empresas, de diversas áreas além do Marketing, aqueles que fazem girar a roda da estratégia.A resposta? Estamos correndo muito para desenvolver produtos e serviços com um olhar atento aos avanços tecnológicos, nossos concorrentes diretos, sob necessidade de fazer aumentar o circulante da empresa, pois "a crise mundial tá aí e quem não lançar logo, quem não "inovar" logo, ficará à mercê dela e padecerá." Será que isso basta?Reparem no número de promessas que as marcas andam fazendo a seus clientes, mais ainda aos clientes de seus concorrentes, reparem nos apelos de campanha, nos termos utilizados e, principalmente, reparem na ENTREGA E MANUTENÇÃO DAS PROMESSAS FEITAS.Basta sair de casa e entrar em qualquer estabelecimento onde possa haver um nível de exigência maior para comprovar a falta de coerência entre promessa e entrega.Clientes criam expectativas, campanhas maravilhosas as aumentam muito, e se seu time não estiver embarcado no "trem estratégico", mais cedo ou mais tarde irá colidir ou se acidentar de outra forma, gerando apenas despesas.Nossa sociedade vive um momento de descoberta constante, as pessoas estão cada vez mais preparadas, informadas, atentas, críticas e com o poder de escolha, pois a oferta é grande.Pessoas são movidas por algo significante, algo que propicie bem a elas e aos outros, por algo que as dê reconhecimento. Imaginem a vergonha e o "pé atrás" de um ex-funcionário da construtora dos edifícios Palace I e II que desabaram há alguns anos, será que ele se sentirá confortável ouvindo outro líder prometer segurança aos seus clientes?Aqui fica claro o dano causado pela promessa irresponsável de uma marca, além de abrir espaço aos concorrentes, prejudica a longevidade da empresa e ainda expõe a frustrações e preconceitos clientes internos e externos.David Aaker já citava em seu modelo de Equidade de Marca a “Qualidade percebida” e a “Associação de valor”, ou seja, etapas onde a boa orientação leva ao consumo e a boa experimentação às associações de valor quanto ao produto ou serviço.
O modelo citado é do início da década de noventa, então já passou da hora de acordarmos, não acham?
Penso que estas poucas linhas poderão fazê-los refletir. Adote a simplicidade e a eficiência como norteadores, seja paciente e claro com seus clientes, tenha postura ética, sorria sem falsidade e entregue na medida certa. Fuja deste Over.

Cláudio K. Freitas é consultor em Marketing Estratégico e Nexo de marca na sinergia On/Offline, há mais de 10 anos dedicado à área de serviços e em gerenciamento de clientes e a relação das marcas com estes. 


Mantém ativo o Blog Mercadologia100 – Marketing Ético (http://mercadologia100.blogspot.com), onde abre espaço para temas variados relacionados ao Marketing e ao Branding, além de publicar textos de autoria própria.