Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. Leai AQUI.
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Em qualquer
indústria, baixar preços significa:
1) Último ato para quem ficou sem idéias
para agregar valor ao seu produto e/ou serviço, restando commodities.
2) Organização do negócio com foco no preço
através da eficiência, venda em escala e escolhas inteligentes, visando
crescimento do negócio.
As duas opções podem ocorrer, mas o
importante évocê ter certeza qual você está
escolhendo e porquê.
A segunda opção é mais difícil. Se você
está simplesmente baixando preços, está jogando o primeiro.
Se analisarmos a hotelaria, a gestão de
receitas já progrediu muito além do controle do inventário. Hoje, os Revenue
Managers se tornaram vitais para nossa estratégia de preços. Portanto, o
momento é de expansão do conhecimento sobre segmentação de preços,
posicionamento competitivo e comportamento do consumidor.
A Cornell University realizou dois
estudos interessantes sobre o assunto:
- Entre 2001 e 2003 – 6 mil hotéis pesquisados. Todos aqueles que baixaram para categorias inferiores de preço (em comparação ao seu set competitivo) realmente aumentaram seu market share. Entretanto, baixaram seu REVPAR (Receita por apartamento disponível).
- Entre 2007 e 2009 – 22 mil hotéis pesquisados. Todos aqueles que baixaram preços durante a crise não tiveram aumento de receita no médio e longo prazos.
Os experts da Cornell terminam
com quatro recomendações:
1) Encontre o seu preço certo.
2) Não siga concorrentes que decidem baixar preços ou
novos hotéis (dentro do seu set competitivo, claro) que entram no mercado com
preços mais baixos.
3) Ao invés de descontos, ofereça benefícios e seja
criativo com as promoções específicas. Sim, elas são necessárias.
4)
Por último, se não há possibilidade de aumentar
preços, opte por mantê-los, mesmo durante o período das “vacas magras”. Já é um
começo!
Fonte: www.aparaskevas.blogspot.com
Verdades da Hotelaria
De acordo com o livro “Revenue
Management for Hospitality Industry” (ainda não traduzido para português),
existem 3 grandes verdades que os hoteleiros precisam entender para conseguir
lidar com a precificação de maneira mais
eficiente. São elas:
1)
Clientes não se interessam pelos nossos custos.
Uma abordagem baseada em custos para
explicar estratégia de preços é simplesmente ineficaz na hotelaria.
O aumento de custos não está atrelado
automaticamente a percepção de aumento de valor dos seus clientes. Essa é a
realidade de qualquer empresário cujos custos operacionais crescem
continuamente.
O preço de venda adequado é que deve
ditar o seu custo permissível.
Somente quando o preço de venda refletir
exatamente a percepção de valor dos clientes é que um hotel pode determinar seu
custo, gerando simultaneamente níveis de lucro para a sustentabilidade do
negócio a longo prazo.
2) A indústria hoteleira não vende nada,
ela aluga.
Mesmo em períodos de aumento de demanda,
um hotel é incapaz de aumentar sua oferta. Isso é fato. Portanto, o
gerenciamento eficaz de estoque (capacidade) é vital para esse tipo de negócio.
Executivos de companhias aéreas
entenderam isso há muito tempo, por isso calculam sua eficiência na utilização
de inventário com o PRASM (Passenger
Revenue per Available Seat Mile). Já os hoteleiros
se concentram no REVPAR (receita por quarto disponível), que analisa a
competência do hotel para otimizar o preço do espaço disponível. No entanto, na
indústria dos restaurantes, o RevPASH (Revenue Per Available Seat Hour) é uma poderosa mas subutilizada métrica para avaliar seu
desempenho.
Analisando o negócio pela perspectiva do
RevPASH, um restaurante não vende filé mignon, mas aluga cadeiras para as
pessoas que podem comprar filés.
O monitoramento é feito através do tempo
da experiência de cada cliente e o quanto ele gasta.
Quando os empresários de restaurantes
analisarem seus assentos vagos e olharem para seu inventário da mesma forma que
um avião ou hotel, veremos uma nova era na gestão de restaurantes.
O RevPASH ainda é uma incógnita para a maioria
dos empresários do ramo. Não deveria.
3) Precificação
dinâmica deve ser centrada no cliente
O que salões de beleza têm em comum com
hotéis? Os salões tem cadeiras e cabelereiros limitados para atender a demanda,
assim como o número limitado de apartamentos de um hotel.
Se você é o dono de um salão, qual sua
atitude durante um sábado cheio de grandes eventos na cidade?
a) Definir um preço e vender conforme a
ordem de chegada até esgotar seu espaço e profissionais disponíveis.
b) Limitar a
oferta a clientes selecionados (por fidelização, volume de compra, receita
annual, etc)
c) Aumentar
preços até reduzir demanda que se iguale a oferta disponível.
Agora se coloque na posição do cliente.
Na opção “a”, a espera pode ser grande e você não vai se sentir bem atendido.
Na opção “c” você pagaria muito hoje por um serviço pelo qual pagou muito menos
semana passada. Portanto, a opção “b”, pela visão do consumidor, é a mais
justa.
Assim é possível identificar quais consumidores
estão dispostos a pagar por isso.
Em resumo, a
importância da precificação em qualquer negócio fez Warren Buffet, o bilionário
CEO da Berkshire Hathaway, declarar em 2011 à Bloomberg News:
“A
decisão mais importante na avaliação de um negócio é o poder de precificação.
Se você tem o poder de aumentar os preços sem perder negócio para um
concorrente, você tem um negócio muito bom. E se você tem que organizar uma
sessão de oração antes de elevar o preço em 10%, então você tem um péssimo negócio.”
Compreenda que uma precificação eficaz
permite a garantia de demanda e mantém seu negócio bem sucedido.
Mantenha seu preço alinhado com seu
valor e bons negócios!
2 comentários:
Muitos parabens, pelo execelente artigo.e isso mesmo,o mais importante hoje em dia e o RevPar do seu negocio.Baixar seu preço,para atrair o cliente que nao interessa a sua unidade,nao e bom negocio para a sua rentabilidade!Mais tarde ou mais cedo voce acabara perdendendo, pois infelizmente havera sempre alguem que baixara o preço ainda mais.Esta 'moda' de dar um jeitinho no preço tem de acabar, pois quem corta no preço tambem vai cortar no serviço....e isso nao e bom para o nosso turismo.www.kanapousadadecharme.com.br
Verdade! Guerra de Preços não leva ninguém à lugar nenhum! Grande abraço,
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