A notícia foi publicada no The Economist (Fev/11).
Uma pesquisa sugeriu que 74% dos 1.000 viajantes de negócios entrevistados consideram as CRIANÇAS a coisa mais irritante nas viagens na classe executiva das cias. áereas.
Como pagaram um preço mais alto por um melhor assento e comida diferenciada, entendem que seu conforto fica comprometido quando crianças ficam se remexendo, conversando e até mesmo chorando perto deles.
Será este um problema que precisa de solução? Se for assim, a resposta seriam vôos regulares exclusivos para adultos.
Cias. aéreas que operam aviões Boeing 747 podem, por exemplo, reservar os assentos dos andares superiores da classe executiva para adultos, mantendo o andar inferior para as crianças e a "plebe".
Mas a polêmica é grande. Será que todos viajantes concordariam abrir mão do acesso de certos passageiros a algumas partes do avião em função de um vôo tranquilo?
Concordo com o jornalista que escreveu a matéria. "Prefiro sentar ao lado de um bem-comportado menino de cinco anos do que um adulto com mau odor corporal". (E isso já me aconteceu de verdade....pior viagem "ever")
Mas nem por isso, diz o jornalista, acho que as pessoas devem ser agrupadas na parte de trás do avião, reservada para os "fedorentos".
Qualquer pessoa que tenha sofrido um vôo de 12 horas com um bebê berrando no assento da frente ou um jovem entediado chutando violentamente seu assento de trás, vai perceber o que está sendo falado aqui.
Mas o que fazer?
A reportagem sugere, além da área reservada, que seja cobrado um valor maior pela passagem de crianças e bebês (que hoje viajam de graça). Assim, as cias. aéreas subsidiariam os bancos logo à frente da "zona de guerra".
Os passageiros poderiam então solicitar um assento sem crianças, assim como pedem um apartamento não-fumante em um hotel.
Não seria um pouco intolerante? Pais tratados como fumantes?
Bem, independente da polêmica, o MELHOR da reportagem vem agora. E essa foi a razão pela qual escolhi colocar o assunto aqui no blog.
Logo após a publicação dessa reportagem, apareceu uma carta na redação do Jornal:
"O Senhor está enganado quando diz que crianças são como cigarros ou celulares. Ninguém tem que fumar ou usar telefones celulares, mas TODO MUNDO tem que ser criança e o Senhor foi uma em algum momento.
Crianças são necessárias para pagar as pensões de velhos miseráveis como o Senhor. Agora vá azucrinar alguém do seu tamanho!"
Jessica Morley (6 anos)
Sem mais, Senhoras e Senhores.....
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