Esse meu artigo também foi publicado no Hôtelier News. Leia AQUI.
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Parece unânime no mundo todo que a indústria da hospitalidade não
adota rapidamente novas tecnologias, ficando para trás em inovação.
Tecnologias antigas e incapazes de interagir com outros sistemas são um
grande obstáculo para uma gestão eficiente.
Contentando-se com o mínimo necessário, o hoteleiro parece não estar interessado em mudanças. É caro, dá trabalho, é arriscado, não traz ganho imediato, sai da zona de conforto, não entendo os benefícios, etc. As desculpas são muitas, assim como a falta de conhecimento.
O fato é que não existem muitos hoteleiros conectados e tecnológicos.
E, quando são, acabam esbarrando em um proprietário, gerente,
franqueador ou investidor tradicional, que não vê valor nesse tipo de
investimento, entendendo que a inovação é um risco que não vale a pena.
E realmente não basta só gostar de tecnologia, é importante saber: COMPRAR, USAR e MONITORAR.
Por isso vemos tantos hotéis gastando tempo e dinheiro em sistemas que
não são adequados as suas necessidades, ou acabam deixados de lado por
falta de outros recursos... os humanos.
A maioria dos hoteleiros sente que a prioridade é manter uma
propriedade atraente (produto) e manter boas relações com os hóspedes
(serviço). E não discordo disso em nenhum momento, mas cada vez mais,
prestação de serviços e diferenciais competitivos, estão contanto com o
apoio da tecnologia, que pode alavancar os índices de satisfação.
Precisamos melhorar nossa eficiência. Não dá para esperar a época das vacas magras para correr atrás do prejuízo.
Muitos hotéis preferem adiar a implantação de qualquer nova versão
até que alguém tenha tentado primeiro. Novas ideias promissoras não
conseguem obter o incentivo inicial ou tem a aceitação lenta. Isso
desmotiva aquele gerente que acreditava o suficiente para colocar sua
reputação em risco para conseguir o financiamento necessário.
Outro exemplo que desmotiva o uso da tecnologia é a frustração dos
proprietários com as exigências do franqueador, que muda padrões sem que
haja a oportunidade de amortização dos investimentos anteriores.
Não podemos mais nos dar ao luxo de continuar a fazer isto.
Daqui para frente, os sistemas estarão continuamente em modo
Beta, e devem permanecer assim. O mundo não vai mais funcionar em modo
permanente das coisas. Acostume-se!
E aproveite para seguir o exemplo da Marriott, a empresa hoteleira mais conectada com tecnologia do mundo. Conheça a campanha Travel Brilliantly, que incentiva o público a compartilhar ideias sobre tecnologia, design, e muito mais:
Para finalizar, seguem algumas atitudes que precisamos mudar urgente na hotelaria:
1) Incentivar mais os millennials, envolvê-los no processo de achar soluções para nossos desafios operacionais e comerciais.
2) Lembrar constantemente proprietários, investidores e gerentes sobre a quantidade de dinheiro “deixado sobre a mesa” por causa da sua tecnologia obsoleta.
3) Provocar fornecedores de tecnologia para que realizem um QA (Quality Assurance - Garantia de Qualidade) e testes de escalabilidade, antes de liberar seus produtos para um público desavisado, mesmo em Beta. Novas ideias são incríveis, mas precisam ser trabalhadas para se tornar inovação.
4) Implantar a mentalidade da revolução da solução, onde indivíduos lideram equipes que exercem a empatia para ajudar a criar mudanças positivas nas suas comunidades, empresas, grupos sociais. O livro The Solution Revolution, de onde tirei esse conceito, fala de maneira interessante sobre a economia da solução. É um guia para ajudar aqueles que pretendem investir tempo, sabedoria e capital na direção do progresso sustentável. Vale a leitura!
Em resumo, nossa relação com a tecnologia precisa de um boot urgente.
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