sábado, 31 de maio de 2008

Marcas de Luxo do Brasil

A procura pelo glamour de uma marca ou por um produto exclusivo de uma famosa grife tem estimulado o consumo de produtos de luxo no Brasil alavancando um crescimento anual de cerca de 20%, nos últimos cinco anos. A qualidade, a exclusividade e o atendimento personalizado são os principais atrativos para os consumidores desse mercado que gastam, em média, até R$ 1 mil por compra. Estas são algumas das principais conclusões da pesquisa "O mercado de luxo no Brasil – ano II’’, realizada pela empresa MCF Consultoria & Conhecimento


De acordo com a pesquisa, 59% das empresas de luxo no País são nacionais e 32% têm origem européia. A maioria dessas marcas concentra-se na cidade de São Paulo, onde estão 71% das empresas entrevistadas, seguida do Rio de Janeiro, com 9%. Nas projeções para 2008, o Rio de Janeiro e o Distrito Federal deverão expandir suas participações no mercado de luxo nacional, concentrando 44% e 28% das empresas desse segmento, respectivamente.


O faturamento do mercado de luxo apresentou em 2007 um crescimento real (desconsiderando a variação cambial) de 17% sobre o ano anterior, somando US$ 5 bilhões, um aumento cerca de três vezes maior que o PIB (Produto Interno Bruto). A tendência desse mercado, apesar de restrito, é continuar crescendo. A pesquisa mostra que a previsão de faturamento do segmento para este ano é de um aumento de 35%, para cerca de US$ 6,75 bilhões. Carlos Ferreirinha, consultor de luxo e diretor presidente da MCF, tem uma expectativa mais modesta, de um crescimento em torno de 22%, um pouco acima da média histórica de 20%.


A joalheria H Stern foi indicada pelos consumidores da pesquisa como a marca de luxo nacional que mais desperta o desejo (19%), seguida pela marca Daslu (12%). A H. Stern também liderou o ranking da marca nacional mais lembrada (top of mind), com 31% de indicações e o da marca nacional de maior prestígio, com 33% dos votos, seguida pela Daslu com 26% e 18%, respectivamente.
Entre os produtos de luxo, os mais representativos são os segmentos de moda (32%), alimentos e bebidas (18%), saúde/cosméticos (14%), jóias e relógios (14%) e editoras/publicações (13%).


A grife Fasano - que sob seu nome tem dois hotéis e dez restaurantes - foi a quarta marca nacional de luxo mais lembrada pelos consumidores que participaram da pesquisa, com 4% das respostas. A taxa
de ocupação dos hotéis Fasano está um sucesso entre 75 e 80%, e a freqüência dos restaurantes têm aumentado nos últimos dois anos. O preço de uma diária no hotel Fasano é de cerca de R$ 1,1 mil em apartamento duplo.


O perfil dos freqüentadores dos restaurantes do grupo – onde uma refeição sai em torno de R$ 200,00 por pessoa, sem bebidas – também está mudando. Atualmente é comum a frequência de pessoas mais jovens, que estão ganhando mais e podem gastar mais.


Tiffany''s, Chanel, Prada, Louis Vuitton e Ferrari são as cinco primeiras marcas consideradas o sonho de consumo dos brasileiros atualmente, segundo a pesquisa. Das marcas internacionais presentes no Brasil, a grife Louis Vuitton foi a mais lembrada (top of mind)pelos consumidores, com 27% de indicações, seguida pela Armani (9%). Na avaliação da marca de maior prestígio a Louis Vuitton manteve a liderança (18%) seguida pela Tiffany''s (15%). As duas marcas internacionais que mais despertam desejo, segundo a pesquisa, são a Chanel e a Prada. A maioria dos consumidores das marcas de luxo são mulheres (58%) com idade entre 26 e 35 anos (40%). Os consumidores afirmam que compram produtos de luxo primeiramente para si próprios (61%) e em segundo lugar para o marido ou a esposa (12%). A maioria tem alto grau de instrução, principalmente com nível universitário (40%) e pós-graduação (41%).
Reportagem completa na Gazeta Mercantil de 23/06/2008.

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